Maria Padilha é, se não a mais, uma das mais procuradas pombagiras nos terreiros. Com fama de feiticeira, seu charme e seus encantos chamam a atenção de homens e mulheres na busca por atrair seu grande amor.
O que a maioria dos consulentes não sabe, porém, é a sua verdadeira história: encarnada como Maria de Padilla, sedutora e feiticeira, conquistou o coração do rei D. Pedro I para sempre, morrendo eternizada como Rainha.
Maria Padilla, nasceu e cresceu em Astudilho, Valencia, Espanha por volta do ano 1334, e faleceu em Alcazar de Sevilha em 1361. Possivelmente de alguma doença. Posteriormente foi transportada a sua terra natal aonde permaneceu até que a reconheceram como Rainha.
Foi a partir deste momento que voltaram a transporta para a Catedral de Sevilha, aonde encontra-se até os dias de hoje.
História de Maria Padilha – A Pombagira mais antiga.
Maria Padilha pertencia a uma família castelhana, os Padilla, originários de Padilla de Abajo, anteriormente Padiella de Yuso, na localidade de Burgos, cujos membros foram sempre pessoas destacadas na sociedade da época.
Nascida na Espanha Medieval teve o amor do rei Dom Pedro I de Castela, o qual foi chamado de “O CRUEL“, pelo povo espanhol. Maria Padilha que era uma jovem muito sedutora, viveu entre o ano de 1.300 a 1.400.
Dom Pedro de Castela já estava noivo de Dona Blanca de Borbon, uma jovem pertencente a corte francesa, que foi enviada para Castela para casar-se com Dom Pedro, porque este já estava para assumir o Reinado do pai, no ano 1350.
Dom Pedro I de Castela, não queria casar-se com Dona Blanca de Borbon, mais este casamento traria excelentes benefícios políticos para a corte Espanhola e Portuguesa.
Dom Pedro I de Castela era único filho do rei Afonso XVI com a rainha Dona Maria de Portugal.
Guerreiro cheio de honra e coragem vindo assumir o trono de Castela em 1.350. A cidade de Andaluzia ao sul da Ibéria tornou-se capital do reino unido de Castela. Maria Padilha foi viver no reinado de Castela como dama de companhia de D. Maria, mãe de D. Pedro I de Castela.
Padilha fez junto a uma árvore, um feitiço de amor, para conquistar o coração de seu rei. Ela preparou um espelho mágico, vindo a fazer com que o rei olhasse no espelho, sem saber que estava sendo enfeitiçado.
O feitiço lançado ao rei pela poderosa Padilha seria eterno! Através deste feitiço, Dom Pedro apaixonou-se por Padilha loucamente. Maria Padilha e o Rei de Castela, as escondidas, começaram um grande caso de amor, onde sabiam que jamais seria aceito pela família e tampouco pela corte.
Padilha trabalhava na magia com um judeu cabalista, que a ensinou muitas magias… Ele tinha barba branca e usava um capote com desenhos e sinais poderosos da magia negra. Com ele, ela teria aprendido a arte da Goétia, a Magia Negra. Através destas magias, conseguiu dominar o Rei de Castela completamente.
Já enfeitiçado, Dom Pedro, a pedido da Padilha fez um castelo em Sevilha em estilo árabe. Palácio que foi construído e presenteado a Maria de Padilha pelo seu amado rei de Castela. Padilha passa então a viver como verdadeira rainha de Castela.
Padilha manda chamar uma bruxa de Andaluzia, a qual era perseguida pela igreja sem provas de sua ligação com o oculto. Á bruxa realiza um feitiço de amarração para Padilha unindo e erotizando os amantes ainda mais.
Já com a situação sob domínio, Padilha prepara a cartada final! Conhecendo os mistérios do ocultismo, Padilha vai a captura de um item sagrado, guardado em uma sepultura no interior de uma igreja. Diz a lenda que esse item pertenceu a um verdadeiro santo, ali sepultado.
Em posse do objeto, Padilha o entrega para seu mentor e amigo Cabalista, que trabalha com fé e vigor para preparar o objeto encantado em forma de cinto.
Terminada a magia, ordenou que Padilha colocasse o cinto encantado no lugar onde estava o verdadeiro cinto que Dona Blanca, esposa do Rei, dera ao marido.
No dia da missa, Padilha chega mais cedo na Capela de São Crispim, onde ora vigorosamente, mutilando-se em forma de penitência. Já no horário da missa, o Rei Dom Pedro e a Rainha Blanca entram na capela para prestigiar o culto.
Logo nas primeiras palavras emanadas pelo bispo, o cinto usado pelo Rei, transforma-se em uma serpente, pronta para dar o bote e tirar a vida de Dom Pedro, que foi salvo por seus guardas.
Indignado, Dom Pedro abandona a então rainha Blanca, acusando-a de bruxaria. Blanca é executada sem dó nem piedade, reafirmando o poder do Rei.
Blanca foi decapitada a mando do Rei, sendo Padilha a grande responsável pela sua execução.
Maria de Padilla de Castela, depois da morte de Blanca passou a viver com o Rei em seu castelo em Sevilha.
Maria Padilha faleceu antes do Rei de Castela com um caso de peste negra. O Rei, fez seu velório e enterro como o de uma grande Rainha. Seu corpo foi sepultado nos jardins do castelo.
Dom Pedro I de Castela morreu nas terras de Montiel, assassinado por um irmão bastardo, Dom Henrique, que o sucedeu no trono.
O corpo do rei deposto foi enterrado a frente da sepultura de sua Amada Rainha Maria Padilha, onde foram construídas duas estátuas, uma em frente a outra, para que mesmo na eternidade os amados nunca deixassem de olhar um para o outro.
A força da falange de Maria Padilha
Apegada à matéria e ao seu grande amor, Maria Padilha é chefe de falange na linha de Exu, atuando como Exu-Mulher lado a lado de Exus homens.
Tem vários parceiros e, dependendo da linhagem em que se encontre, escolhe um companheiro diferente para trabalhar junto.
Tem muitas trabalhadoras a auxiliando em sua missão espiritual; afinal, é uma poderosa Rainha. Sensual e por vezes sutil, prefere se utilizar de armas pequenas como o punhal para não ser vista.
Poderosa em seus feitiços de amor, dentro de terreiros Maria Padilha comanda os feitiços e consola aqueles que perderam um grande amor. Adora presentes como cidra ou rosas vermelhas, pois é uma apreciadora da beleza. Suas orações são fortes e o seu nome é poderoso: basta chamar por ela, que ela estará lá.
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