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As nações do Batuque no RS

Os rituais do batuque seguem fundamentos, principalmente das raízes da nação Ijexá, proveniente da Nigéria, e dá lastro as outras nações como o Jêje do Daomé, hoje Benim, Kambina não confundir com Cabinda (enclave Angolano) e Oyó, também, da região da Nigéria.

O batuque surgiu como diversas religiões afro-brasileiras praticadas no Brasil, tem as suas raízes na África, tendo sido criado e adaptado pelos negros no tempo da escravidão. Um dos principais representantes do batuque foi o Príncipe Custódio de Xapanã. O nome batuque era dado pelos brancos, sendo que os negros o chamavam de Pará. É da Junção de todas estas nações que se originou esta cultura conhecida como batuque, e os nomes mais expressivos da antiguidade, e da atualidade, que de uma maneira ou de outra contribuíram ou contribuem para a continuidade dos rituais são:

Ijexá

Paulino de Oxalá Efan, Maria Antonia de Assis (Mãe Antonia de Bará), Manoel Matias (Pai Manoelzinho de Xapanã), Jovita de Xangô; Miguela do Bará, Pai Idalino de Ogum, Estela de Yemanjá, Ondina de Xapanã, Ormira de Xangô, Pedro de Yemanjá,Pai Tuia de Bará,Pai Tita de Xangô; Menicio Lemos da Yemanjá Zeca Pinheiro de Xapanã, Mãe Rita de Xangô, entre outros.

Oyó

Mãe Bibica de Ogum Ipolé, Mãe Cesária de Xangô Oba-Leri, Mãe Emília de Oyá Lajá, Pai Donga da Yemanjá, Mãe Gratulina de xapanã, Mãe “Pequena” de Obá, Mãe Andrezza Ferreira da Silva, Pai Antoninho da Oxum, Nicola de Xangô, Mãe Moça de Oxum, Miguela de Xangô, Acimar de Xangô, Toninho de Xangô, Tim de Ogum, Pai André do Ogum, Mestre e Pai Fernando de Bará, Pai Jauri de Oxum Funiké, Mãe Ritinha de Xangô Aganju, Pai e Mestre Borel de Xangô, Pai Clovis de Xangô, Mãe Sueli de Iemanjá, Mãe Neneca de Xangô, Mãe Araci de Odé, Mãe Dirce de Nanã, Pai Fábio de Oxum, Mãe Eulinda de Oyá, Pai Máximo de Odé, Pai Mozart de Iemanjá, Mãe Ieda de Ogum, Pai Hélio de Xangô, Pai Chiquinho de Oxalá, Mãe Jane de Oxum, Mãe Vera de Ossanha, Mãe Norinha de Oxalá, Pai Gululu de Oxum, Mãe Zeti de Bará, Mãe Ercília de Bará, Mãe Vera de Oyá, Mestre e Pai Adãozinho de Bará, Mestre e Pai Passarinho de Bará, Pai Adilson de Oxum, Mãe Sueli de Xangô, entre outros.

Nagô

Grandes nomes desta nação, podemos citar: Paulo de Agandju, Imbrain de Oyá Mesan, Aldirio de Xangô, Aída Ricciardi Chiarelli de Agandju, Volni de Ogun, Enio Gonçalves de Ogun, Leda Feijó de Oxum, João Carlos Lacerda de Oxum, Norma Feijó de Xangô, Baba Evanisé de Xangô Alafin Exê, João Cunha de Xangô Djakuta, Veleda de Bará, Arminda de Xapanã, Vó Lúcia de Xango (embora da Nação Oyo, influenciou muito o Nagô em Pelotas) , Zé Coelho de Odé Otulú, Professor Lino Soares de Odé, Albertina de Bará, Vó Diva de Odé, Vô Lourenço de Odé, Paulo Vieira Nunes de Bará-Odé.

Jêje

Mãe Chininha de Xangô, Príncipe Custódio de Xapanã, João Correa de Lima (Joãozinho do Exú By) responsável pela expansão do batuque no Uruguai e Argentina, Zé da Saia do Sobô, pai Santiago de Oxum, mãe Otília de Ogum, Loreno do Ogum, Nica do Bará, Alzira de Xangô, Pai Pirica de Xangô;Mãe Dada de Xangô; Leda de Xangô; Pai Tião de Bará; Pai Nelson de Xangô, Mãe Haidê de Oxum, Pai Vinícius de Oxalá, Pai Max de Xangô Agodô; Mãe Cleusa de Bará,Pai Ivonir de Ogum Onira, pai Pedro de Oxum, mãe jalba de yansa, pai Alexandre de oxalá, pai Mário de oya, mae juvelina de yansa, mae nirlete de Yemanjá, pai Ivan de Yemanjá, mãe Dulce de Oxum doco, pai luis do bara talade, pai Marco Aurélio de Oxum, pai Alexandre de xango entre outros.

Kambina (Cabinda)

Gululu de Xangô, Waldemar Antonio dos Santos (Tiemar) de Xangô Agodô, também conhecido por Waldemar de Kamuka; Pai Cleon de Oxalá, Maria Madalena Aurélio da Silva de Oxum, Palmira Torres de Oxum, Pai Henrique de Oxum, Pai Romário de Oxalá, Pai Gabriel da Oxum, Mãe Marlene de Oxum, Pai Tati de Exú Lanã, Mãe Ole de Xangô, Pai Genercy de Xangô Agandju, Pai Adão de Bará, Pai Mário da Oxum, Pai Nazário do Bará, Pai Didi de Xangô, Mãe Alice de Oxalá, Pai Enio de Oxum Miuá, Mestre e pai Xamim de Xangô, Mestre e Pai Antônio Carlos de Xangô e Mestre e Pai Jango de Xapanã entre outros.

O uso do nome Kambina (Cabinda) parece ser recente na etnografia, pois a tradição oral coletada por Norton Correa (1996, 55)[1] registra o nome de Cambina ou Cambini. Devido à similaridade, pode ter sido associdada ao enclave angolano citado. Estudos recentes mostram possibilidades da nação Cambina ter suas origem entre os Iorubás, e não os bantus (Wolff, Revista Olorun, Julho 2014, n. 18)[2], Revisada e aumentada (Wolff, Revista Olorun, Fevereiro 2016, n. 35) [3].

As entidades cultuadas são as mesmas em quase todos terreiros, os assentamentos, tem rituais e rezas muito parecidos, as diferenças entre as nações é basicamente em respeito ás tradições próprias de cada raiz ancestral, como no preparo de alimentos e oferendas sagradas. O Ijexá é atualmente a nação predominante, encontra-se associado aos rituais de todas nações.